A noite já dava o ar de sua graça, a temperatura abaixando um pouquinho e lá estava ela, caminhando pelas ruas numa sexta-feira, em meio a uma multidão de vai e vem de pessoas, semáforos verdes, amarelos, vermelhos. Atenção máxima. Ela se sentia tão frágil diante toda aquela rotina representada a sua frente. E, ao mesmo tempo, pensava que aquela a rotina era a dela também. Ela sabia disso.
Uns que se esbarravam com os outros e nem pediam desculpas, “foi
mau parceiro”. Muitos desatentos, falando ao celular. Outros sentados nos
banquinhos da praça vendo o tempo passar. Cada qual a sua maneira, cada qual no
seu ritmo nem sempre igual ao de todos.
O ritmo dela era uma mistura de todos esses. E seus
pensamentos ocupavam sua mente como um semáforo amarelo, que pisca, pisca,
deixando-nos mais atentos a espera do abrir ou fechar, controlando o ritmo
dos nossos passos. Vale arriscar seguir quando existe uma luz que pisca
pedindo mais atenção? Vale sair correndo antes de o sinal verde aparecer? Prefere esperar pelo próximo sinal vermelho
para seguir adiante o seu caminho? Ela pensa demais. Ela cogita demais. Ela também sabe
disso.
2 comentários:
Que lindo *-* Saudade de vc no blog! Bjus
jj-jovemjornalista.com
Às vezes temos que esperar, a vida nos dá esses sinais!
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