quinta-feira, 29 de julho de 2010

"(...) Você vive muito depressa."

Hoje eu optaria por não postar no blog, mas acho que estou precisando falar um pouco. Fiquei pensando nos motivos de escrever no blog, no por que mantê-lo...essas coisas. Sabem, eu mantenho mais por minha causa do que para os outros. Não escrevo com muitas ambições, apenas para compartilhar, talvez comigo mesma, o que eu penso e o que sinto. Não escrevo e mantenho o blog com o propósito de torná-lo famoso ou ter muitos seguidores. Acredito que muitas vezes o que eu escrevo, poucos lêem...mas não faz mal afinal, escrevo para mim mesmo, para me conhecer um pouco melhor. Futuramente, acho que irei no fundo rir de tudo o que escrevo, dos meus dramas, meus motivos, minhas justificativas. Ou então, só mudarei o foco dos motivos e irei expor outras justificativas. Não sei ao certo e quem saberá?
Às vezes acho que eu penso demais...com sentido ou sem sentido, com justificativa ou sem.

Imagens aleatórias, só por que achei fofinhas..rs.

Estou lendo um romance de Fernando Sabino chamado O Encontro Marcado, de início lia sem muitos preceitos, mas aos poucos fui gostando do livro, fui criando um apego. Rss O livro não é uma autobiografia de Sabino, mas muitas passagens do livro são reais. São histórias de Fernando Sabino usando o pseudônimo de "Eduardo". Há umas partes do livro que me identifico. E vejam que ainda nem vivi tanto assim... rss

- Só faço questão de uma coisa. Que você...
- Termine meu curso. Se vier morar no Rio posso terminar aqui.
Seu Marciano ficou calado.
- Eduardo - disse afinal: - Não sei, às vezes tenho a impressão que você é apressado demais, para tudo: fala depressa, anda depressa, pensa depressa. Agora há pouco eu nem tinha falado...
- O senhor não fala outra coisa, papai.
- Você vive muito depressa, meu filho.

Acima tem um trecho que li hoje e confesso.. às vezes sinto que vivo muito depressa também. Não sei, parece que quero fazer tantas coisas ao mesmo tempo, tenho tantos desejos que quero realizar, conhecer lugares, pessoas, culturas diferentes. E parece que o tempo está passando e nada fiz, ou pelo menos nem um terço do que eu queria ter feito. Eu sei, tenho apenas 19 anos. Muita vida pela frente, se Deus e o destino permitir e, por favor, que eles permitam. Tenho tantos planos, tantos desejos, tanta coisa que ainda quero aprender. Vou tentando, portanto, aproveitar os dias com o melhor que eu posso fazer e da melhor maneira possível, nem sempre consigo...mas um passo de cada vez.


sábado, 24 de julho de 2010

E tudo novo por aqui (:



O blog ficou "fora do ar" durante esse dia de sábado, mas foi para um bom motivo..rs. Resolvi atualizar o layout do rotina de Ser e olha, que trabalho ...viu? Eu ainda não estou nem totalmente satisfeita com ele, mas acho que está ficando aos poucos da maneira que eu gostaria. haha Sou totalmente perfeccionista e isto atrasa a minha vidas às vezes. Creio que se fosse qualquer outra pessoa já teria terminado isso aqui.

Mas enfim, esta postagem é daquelas bem rapidinhas .. só para deixar vocês a parte do que está ocorrendo por aqui, haha.

Depois eu volto e termino todas as atualizações do layout! (:



Beijos, Sika

quinta-feira, 22 de julho de 2010

e depois de quase um Mês...


...novidades e desabafo acumulados. Agora eu realmente demorei demais para postar no blog. Não sei por quais motivos, não sei se por desânimo, por falta de inspiração ou por ter tanto a dizer, mas não conseguir traduzir todos os sentimentos nas palavras. Durante este mês de julho ocorreram tantas coisas e a maioria delas não foram agradáveis. Talvez muitas delas me testaram...testaram minha paciência, minha sanidade, o sentimento pelas pessoas. Em um dos meus posts eu disse que estava precisando de férias, mas férias de mim mesma. Um tempo para eu pensar, para refletir e tentar tirar da cabeça todos os pensamentos negativos. Me questionei várias vezes se eu estava certa na escolha da faculdade, se é realmente isso que queria para os meus dias, se eu poderia confiar e contar com as pessoas que estão meu redor, se é fácil perdoar e esquecer algum mal que as pessoas já fizeram, se realmente vale se importar com algumas coisas tão supérfluas. Enfim, precisava de um tempo. O tempo acabou sendo por poucas semanas, eu sei, mas ao menos durante esses dias que fiquei em casa, pude descansar meu corpo e minha alma. Entrei de férias da faculdade e estágio dia 09 de julho, porém do estágio terei que retornar já nesta segunda-feira, dia 26.


No dia 10 de julho foi um dos dias mais tristes. Perdi o Fred, meu cachorro. Irá fazer duas semanas sábado, mas para mim ainda é recente e é difícil lembrá-lo. Ainda dá uma vontade de chorar, meu coração dá um aperto... Confesso que neste momento em que estou escrevendo, as lágrimas tocam minha face. Fred passou sua vida nos fazendo companhia. Todos os dias, desde 2002. Acho que muitos acham inútil amar tanto, tratar com tanto sentimento um animal de estimação. Não penso assim. Ele era um companheiro, um amigo. Ele sabia quando estávamos tristes, felizes. Ele nos alegrava todos os dias com sua mania arteira de viver. Durante os últimos meses ele não vinha muito bem, não comia direito e nas últimas semanas se intensificou. Ele já não comia mais e descobrimos que ele estava com uma grande inflamação no estômago. Fred acabou não resistindo e naquela manhã de sábado, dia 10, ele se despediu de nós. Não sei...às vezes acho que ele esperou o dia em que todas nós, eu e minhas irmãs, estivéssemos reunidas e sábado pela manhã todas estávamos em casa. Ainda penso nele, mas não todos os dias como na primeira semana. Ainda sinto sua presença às vezes e a saudade só faz aumentar.
Gosto de lembrá-lo como um meninão que adorava brincar, comer pão pela manhã, espantar todos os passarinhos que pousavam na área dele, que vivia latindo para o nada e para todos até a gente não aguentar mais.
É Fred, você fez parte da minha vida...


Bom, ainda que eu tenha passado por dias não tão bons assim, nos últimos dias também aconteceram coisas boas. Consegui passar de período e agora oficialmente eu não sou mais caloura. Passei para o 2º período e minhas notas foram boas, risos. Meu CR ficou em 9,2. Espero muito que o aluno online da Uerj atualize logo as notas. Outra coisa boa que já foi citada foram as minhas merecidas “férias”. Apesar de no estágio eu ficar apenas duas semanas em casa, me serviram muito bem. Tinha dias que eu conseguia ficar em casa sem fazer NADA. Isso não é incrível? Haha. Aproveitei esses dias também para fazer algo que amo e que já não conseguia fazer com tanta frequência, que é tirar fotografias.




Consegui atualizar meu Flickr, enfim. O blog, confesso...não consegui. Vinham várias coisas na minha cabeça para postar, mas não postava. Deve ser por isso que este post está gigante.
Tanta coisa acumulada...
E quem se interessar: http://www.flickr.com/photos/actitud_s2/ todas ai ;D

Durante esses dias também assistir a alguns filmes. Uns que eu sempre quis assistir, mas nunca assistia. Uns que eu estava louca para ir ao cinema, mas não conseguia. Rss Segue a sequencia...



E há outros mais, porém..melhor parar aqui.. haha.

Ah, uma outra novidade é que eu vou ao show do Ne-Yo. Comprei o ingresso no dia que assisti Eclipse no cinema. ^^ O Show será só mês que vem, dia 14 de agosto. Estou animada =)


Acho que por aqui está bom...não irei prolongar mais este post, caso contrário ficaria aqui o dia todo. Responderei aos comentários...podexá! Peço desculpas àqueles que ainda não consegui responder. Risos. No próximo post, trarei novidades para o layout do blog, assim espero.. =)
Beijos, Sika.

domingo, 4 de julho de 2010

amor em Palavras



Quando conheci o Murilo, ainda éramos adolescentes. Ele era um ano mais velho que eu e sempre ficava uma série a minha frente. Tínhamos alguns amigos em comum e na formatura da oitava série ele resolveu me pedir em namoro. Aceitei, é claro, mesmo não sabendo como era namorar e mesmo sendo escondido de nossos pais. Murilo, apesar de ser um ano mais velho, era meio infantil. Acredito que aquela história de que os homens amadurecem mais tarde que as mulheres seja verdade. Eu sempre fui mais madura que Murilo e mesmo não sabendo como era namorar, já cobrava muito dele. Detestava algumas atitudes suas, mas o que eu poderia fazer, eu o amava. Sorrio hoje ao pensar nisso, como tão nova já acreditava no amor?

Os anos passavam e, ao contrário do que minha mãe pensava, nosso namoro seguia forte. Muitos, assim como minha mãe, não acreditavam que um namoro estudantil pudesse dar certo. Sempre ocorria algumas brigas, intrigas de outras meninas que gostavam do Murilo, outros meninos que queriam namorar comigo, mas continuamos. Eu não poderia me imaginar naquele tempo com outra pessoa que não fosse ele. Conhecíamo-nos tão bem. Terminamos o segundo grau. Estudamos juntos para o vestibular e passamos para a mesma faculdade, só que com cursos diferentes. Eu queria fazer matemática e Murilo, geografia.

Na faculdade continuamos juntos e, apesar dos turnos serem diferentes, sempre dava para nos encontrar. Num dia, quando conseguimos nos encontrar pela manhã, Murilo me disse que queria conversar comigo algo importante. Pedi para que falasse ali mesmo e ele me disse que ali não era o momento. Não o entendi bem, mas aceitei. Marcamos para nos encontrar pela noite, num restaurante perto da faculdade.

Quando sai da faculdade, fiquei pensando ao voltar para a casa o que Murilo teria de importante para me falar. Devo confessar que não foi apenas na volta para casa que fiquei pensando, na realidade, pensei mesmo o dia todo. Aquilo já estava me agoniando. A ansiedade estava começando a me torturar, não sabia se achava graça daquilo tudo ou se ficava nervosa de curiosidade. Cheguei em casa por volta das 18h, tinha marcado no restaurante as 20h com Murilo. Eu tinha duas horas para me arrumar e chegar ao restaurante. Curioso como eu acreditava que tudo o que Murilo iria me contar, me deixaria feliz, afinal, estávamos juntos há mais de oito anos. Esse suspense todo que ele estaria fazendo não seria a toa. Pensei no melhor vestido, me arrumei impecavelmente.

Ao chegar ao restaurante, Murilo já estava lá me esperando. Fiquei do lado de fora, olhando-o pela janela. Ele era fascinante. Tinha um jeitinho agradavelmente desajeitado, mas por onde passava atraía os olhares das mulheres. Eu não gostava dos olhares, mas adorava passar ao seu lado de mãos dadas. Adorava seu cabelo bagunçado, sua barba por fazer. A cor da sua pele em contraste com seus olhos claros e penetrantes. Ele estava com aquela blusa social que eu amava. O restaurante também era incrível. Tinha uma iluminação diferente, era no estilo medieval. Aquilo dava um charme ao ambiente. Tudo parecia estar milimetricamente no lugar certo.

Entrei no restaurante e fui em direção a mesa que Murilo estava. Dei um sorriso e ele me convidou a sentar. Eu parecia estar vivendo uma cena de filme romântico.

- Oi amor – disse, dando-lhe um breve beijo.
- Pensei que você não viesse mais querida. Estou te esperando há horas aqui – respondeu ele com aquele sorrisinho que me encantava.
- Para de ser mentiroso! Combinamos 20h, e aqui estou no horário marcado. E sorri, não pude resistir.

Conversamos durante horas. Acho que ele estava querendo enrolar, passar o tempo. Mantive-me e tentei não deixar transparecer a minha ansiedade e curiosidade. Mas acho que em vão, pois ele me conhecia o suficiente para saber que eu já estava morrendo de vontade de perguntar o que ele queria me contar. Ele sabia dominar o momento, sorria para mim, me observa enquanto eu jantava. Ele pensa que eu não senti, mas reparei cada segundo que ele me observava e quando eu voltava a olhar para ele, reparava-o desviando o olhar. Acho que já tínhamos conversado sobre tudo, o assunto já estava esgotando-se. Senti que ele estava criando coragem para me contar finalmente o que era importante. Olhou-me fixamente por alguns instantes e disse:

- Acho que você já reparou o quanto estou adiando o momento de contar a você o que viemos fazer aqui. – Ele abaixava a cabeça, meio envergonhado, meio nervoso.
- Estou curiosa desde o momento que entrei por aquela porta. – Sorri para descontraí-lo.
- Estamos juntos há muitos anos e devo confessar que não dá mais para continuar... – ele desviava o olhar o tanto quanto podia, não conseguia me olhar mais.
- Como assim? – me controlei para não gritar, nem fazer algum escândalo.
- Não dá mais...desculpe.
- Murilo, está ouvindo o que você está falando para mim? – Puxei-o pelo queixo e o obriguei a olhar nos meus olhos.

Naquele momento parecia que eu perdia o chão aos meus pés. Meu coração acelerava de aflição, raiva. Não sei bem, os sentimentos estavam se confundindo dentro de mim.

- Murilo! – falei num tom mais alto, senti que algumas pessoas passaram a olhar para nós. – Pode me explicar o que você considera “não dá mais..”?
- Desculpe...não dá mais para viver assim, longe de você. Eu quero mais de ti. Quero casar com você! – Ele abriu o sorriso enorme e olhava para mim com aquela carinha encantadora. Acredito que eu passei da vontade de matá-lo para a vontade de abraçá-lo num segundo.
- Assim você me mata... por favor, Murilo..não faça mais isso comigo. – Levantei, abracei-o e disse “sim” ao seu ouvido.

Aquele dia no restaurante foi uma das noites mais importantes e emocionantes da minha vida. Guardo cada momento, cada reação que senti. Hoje, mais de 40 anos depois, escrevo sobre esse amor que senti e ainda sinto por Murilo. É uma maneira de me reconfortar por sua perda. Já irá fazer três anos que ele se foi, mas sinto sua presença ao meu lado a cada dia que passa. As palavras que escrevo me fazem viver dia após dia, me dão força para continuar. Eu sei que ainda iremos nos encontrar e quero mostrar que meu amor por ele continua vivo e seu jeito agradavelmente desajeitado, ainda me encanta.



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Trabalho de Língua Portuguesa - Narração em 1ª pessoa.
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Faculdade de Comunicação Social - Relações Públicas.


É história de amor bem melosa, hahaha. Fazer o que, né? Não estava nos meus melhores dias para inspiração =S Vamos ver agora que nota tirarei neste trabalho! haha
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