sábado, 12 de janeiro de 2013

Buscando a si

“Não é amor, tão pouco paixão”, dizia a si mesma a menina limpando a maquiagem já borrada no rosto depois de um momento de choro incessante. Tentando se conformar, pensou, “talvez eu só quisesse uma companhia, alguém para conversar sobre o tempo que chove, sobre o novo álbum de uma das bandas favoritas ou último filme que entrou em cartaz no cinema...”. 

Clara sabia que isso já não o tinha mais...nem as conversas, nem a presença que preenchia os vazios de sua rotina e, com toda a certeza que tinha, Clara sabia que buscar isso em Murilo é como querer enxergar o que é invisível aos olhos ou tocar aquilo que é intangível.

Buscou assuntos e desculpas para conversas. Ele não se aproximou, ao contrário, se afastou quanto mais ela o procurava. Ela se cansou de buscar aquilo que ele não podia (leia-se queria) dar. Engana-se quem pensa que Clara exigia muito. A menina só queria um pouco de atenção, um aconchego num domingo à tarde, um beijinho na ponta do nariz quando estivesse triste.

Agora, que já não espera por Murilo, tenta encontrar uma parte de si mesma que durante o percurso se perdeu por algum lugar...


Pensar:
Don't you worry, don't you worry child
See heaven's got a plan for you. ;)


Um comentário:

Jovem Jornalista disse...

Saudades de tu pessoa!


Depois de um longo período de férias, estou de volta! rs
jj-jovemjornalista.com

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