terça-feira, 12 de junho de 2012

Dias de Sorrisos



Nesse Dia dos Namorados Clara só pensava em: “Nossa, a galera deixou para comprar os presentes em cima da hora”. Mas, refletiu, “pelo menos compraram e, provavelmente, também ganharão”. Ela andava pelas ruas pensativa, sem rumo certo, com certeza de que para a noite não havia nada programado. Esperava, quem sabe, por algo que mudasse os planos, que a levasse a um rumo diferente. Pensou em todas as possibilidades, imaginou todas as situações possíveis e, é óbvio, não aconteceu nada além dela ter que voltar para casa, se contentar em assistir a televisão e ler seus livros de cabeceira. Perguntava-se por qual o motivo, durante os últimos 10 anos de sua vida, ela passou essa data sempre pensando nas “possibilidades” e não nas “realidades”. Em alguns momentos realmente acreditava que o problema era com ela, aliás, que o problema era ela. Pensava que devia ser por seu jeito dramático de lidar com as emoções, ou, então, por sua aparência que às vezes era um tanto desajeitada. Em outros momentos aceitou, refletiu, se cansou de procurar e esperar, resolveu viver para si. Entretanto, no final de cada fase inconstante que sentia, via-se sozinha e sabia perfeitamente que era muito melhor sorrir a dois. Porém, perguntava-se todos dias antes de dormir, “Até quando precisarei que esperar por esse sorriso?”. Clara fechava os olhos e planejava pelos próximos momentos...


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