terça-feira, 24 de abril de 2012

Felicidade Compartilhada


E de repente o peito ficou tão apertado que mal podia respirar. O coração tinha batidas mais intensas. Lágrimas ameaçaram rolar pela face. Não, a menina não estava doente. Eram saudades mesmo. Saudades de algo que ela não teve. E, de verdade, sabia com toda certeza que nunca haveria de ter. Fazia de tudo para não cair num choro profundo, para não sentir piedade de si mesma, para acreditar ou, ao menos, se agarrar em alguma evidência surgida de sua imaginação.

 Ela queria que aquela história, imaginada todas as vezes quando sozinha em seus pensamentos, se materializasse de alguma forma, ou de outra..tanto faz. Ela nem fazia  questão de ser ao pé da letra. Bastava que ela fosse a personagem principal.
Sem devaneios. Sem ter que fechar os olhos para ver as ações, os abraços, os beijos, os carinhos. Clara queria ter aquela história para ela, em realidade, sem imaginações, sem ter que sentir uma dor no peito todas as vezes que abrir os olhos e ver que não há nada além dela mesma.

Agora ela quer se preencher de bochechas grudadas, dedos mindinhos juntinhos, descuidado encontro de joelhos. Clara quer morar no abraço, mãos entrelaçadas à cintura e olhos que se cruzam em intensidade. Ela quer uma felicidade. Felicidade, essa, compartilhada.


2 comentários:

Jovem Jornalista disse...

Todos a procuram!! Sumiu do blog, porque? Seguindo aqui...

Franciéle Romero Machado disse...

Doce e cativante seu texto ao falar do amor, em sua forma inicial e natural. Ainda quando é tudo tão inocente e até secreto. Anseios que todos possuem e dos quais ninguém consegue escapar, pelo menos eu penso isso. Sobre a frase final, foi a que mais me encantou, perfeitamente magia no ar! Muito bom!

Abraços e anda meio sumida né? (Nem posso falar pois eu também estou, estudos e tal isso não nos deixa tanto tempo.rsrsrs)
Estou passeando mais pelos blogs agora que tenho bem mais tempo, minha faculdade está sem aula, entraram em greve :0

Abraço. Boa Noite! =D

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