segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

E quanto tempo resta? Quanto já passou? Isso importa?



Fazem quase 6 meses que não faço textos para o meu Blog. Digamos que faço textos sim, mas não os publico. Não sei o que desandou na receita, mas sei que na vida...muitas, muitas, receitas desandaram. Algumas resultaram em algo saboroso, que foi deliciado com intensidade, pouco a pouco. Outras foram engolidas sem nem ao menos sentir o sabor... o gostinho fino e delicado. Mas sempre são aquelas de sabor amargo, que custa a descer na garganta, que sufocam quem as saboreia, sempre são estas as lembradas, as jamais esquecidas. No que resulta os ingredientes que compõe a sua vida?

Ao observar minhas postagens antigas me dei conta do tanto de coisas que já passaram, do quanto eu já amadureci e me amedronto quando percebo que alguns sentimentos persistem, com outra narração...com outros personagens.

Desde o dia 6 de julho de 2011, já aconteceram viagens, já rompi amizades, já fiz novas amizades. Encerrei um estágio, iniciei outro. Vi a dissimulação de muitas pessoas e, principalmente, a falsidade revestida de sorrisos e “boas” atitudes. Se eu pudesse fazer uma reflexão desse tempo que passou, seria apenas um verbo reflexivo: “Valorizar-se”. : ) A partir desta ação, o sujeito do verbo pode ir a outros caminhos, fazer novas escolhas e perceber que a principal dela é pensar em si mesmo, não de forma egoísta, mas de autoconhecimento.

Mas voltando ao ponto inicial deste texto. Escrevia, mas não com tanta frequência e parece que desta forma eu me sufocava por não poder me expressar em palavras. Fiquei mais sensível e me decepcionava com as pessoas com mais facilidade. Comecei a esperar muito delas. E esperar por atitudes, por pedidos, por convites, por desculpas...

Não que agora eu não “espere”, mas agora eu espero mais por mim. Que eu tenha coragem, que eu reclame quando não gostar, que eu não tenha medo de ir por outro caminho, que eu saiba respeitar e que não me conforme com metades.

Eu cansei de esperar que façam por mim. Cansei de sempre ter que depender de uma terceira pessoa, de uma terceira opinião. Eu não quero mais esperar para poder sentir a felicidade...


Pensar:


"(...) Tão encantador quanto a facilidade de se conectar com as pessoas é o desapego a elas. Muito bom se relacionar com as pessoas. Melhor ainda se isso não se tornar uma dependência, pois no dia seguinte virão novas histórias com novos personagens. E assim a viagem volta ao início, à espera de um novo acaso que mude o dia, a semana, as férias e, 
no limite, a própria vida".

2 comentários:

Rafaela disse...

É isso aí, companheira. Apego até vale, mas só depois que a gente descobre que o objeto desse apego tem algo a agregar. O desapego pelas coisas e pelas pessoas permite com que nos machuquemos menos. E sempre há algo melhor para perseguir do que coisas e pessoas que entram e saem das nossas vidas num crescente constante: nossos sonhos e objetivos, nossa essência. Também ando buscando não transferir todas as minhas possibilidades de felicidade para o que não me traz retorno positivo - a curto, médio e longo prazo . A vida é muito mais!

Jovem Jornalista disse...

É, tempo de autoconhecimento é bom. Passei por esse tempo recentemente e valeu a pena, tanto é que deixei o JJ por um tempo...

Enfim, mas voltei!

Foi bom ter voltado!

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