Clara se despertou depois das duas da tarde, mas ainda tinha sono. Não sabia o motivo, sequer tinha saído na noite anterior. Apesar disso, lutou contra suas vontades, se levantou da cama, lavou o rosto, preparou o café da manhã e sentou-se à mesa do computador para revisar tudo que era necessário fazer. Percebeu que ele estava online. Não se importou, não cogitou a ideia de puxa conversar. Estranho.
“Estranho não ter mais aquela vontade de falar com você, de te procurar, de querer saber o que está fazendo, se vai postar alguma música para escutar”, pensou.
Antes parecia que Clara tinha uma necessidade incontrolável de buscar ao Murilo, de saber como ele está e se com ela queria falar, conversar, bater papo...mas, dia após dia, aquilo tudo que Clara sentia foi desaparecendo, igual àqueles recibos de caixas eletrônicos que vai se apagando aos poucos. Só que dessa vez parece que Clara não havia tirado um xerox para ter de comprovação.
O mesmo parecia passar com Murilo...ao menos era o que Clara acreditava. Só que com ele passou em um tempo diferente, bem antes dela perceber que algumas letras de seu recibo já não apareciam mais.
Pensar:
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