"Con los ojos cerrados y los sueños despiertos"
Outro dia escutei um adulto perguntando aquela clássica pergunta a uma criança: O que você quer ser quando crescer? Fiquei alguns minutos observando e pensei das vezes que eu era a menina que respondia a pergunta.
O que eu quero ser quando crescer? Nesta hora me dei conta de que o “quando crescer” é de fato o hoje, o agora, esse instante. Não posso mais pensar nisso como um tempo futuro. Isso de alguma maneira me rouba atenção.
Esses dias eu pensei muito em como me vejo daqui a alguns anos e fico pensando que quando tinha a idade daquela menininha isso não me amedrontava. Do contrário, eu fazia os sonhos, enumerava os desejos e aguardava o momento em que todos eles se realizariam. Desde então, muitas coisas mudaram, mas os desejos ainda estão ai, uns já realizados e outros só esperando a sua vez chegar.
Quando foi a hora que eu parei de sonhar e de fazer planos futuros e passei a pensá-los em tempo presente? Aos 15? Aos 18? Aos 20? Não sei o momento, mas foi gradativamente até chegar o ponto em que eu me vi como adulta, embora não me sentisse como tal. Eu gostava de ser criança, de ver filmes adolescentes e me apaixonar por aquelas musiquinhas chicletes de seriados.
O passar dos dígitos da idade não significa que você não possa gostar de ver filmes adolescentes ou ouvir músicas chicletes... é outra coisa. É perceber que você está “construindo” dia a dia um futuro com mais responsabilidades que brincadeiras, onde as essas viram coisas de “gente grande”.
Tenho “apenas” 22 anos, mas é a fugacidade do tempo que me assusta. Ontem tinha 15 anos, assistia Rebelde e queria pintar o cabelo de vermelho ou roxo. Hoje eu estou tentando ver Rebelde novamente, mas nunca chego do estágio antes das 21h, sei que jamais pintaria meu cabelo de vermelho ou roxo e estou perto de terminar a faculdade. Tudo o que separa essas duas idades são 7 anos, mas dentro deles muitas mudanças (e uma tatuagem que traduz esse post).
"Dale vida a los sueños que alimentan el alma,
no los confundas nunca con realidades vanas.
Y aunque tu mente sienta necesidad, humana,
de conseguir las metas y de escalar montañas,
nunca rompas tus sueños, porque matas el alma.
Dale vida a tus sueños aunque te llamen loco,
no los dejes que mueran de hastío, poco a poco,
no les rompas las alas, que son de fantasía,
y déjalos que vuelen contigo en compañía.
Dale vida a tus sueños y, con ellos volando,
tocarás las estrellas y el viento, susurrando,
te contará secretos que para ti ha guardado
y sentirás el cuerpo con caricias, bañado,
del alma que despierta para estar a tu lado.
Dale vida a los sueños que tienes escondidos,
descubrirás que puedes vivir estos momentos
con los ojos abiertos y los miedos dormidos,
con los ojos cerrados y los sueños despiertos." - Mario Benedetti.
Um comentário:
muito bom !
Postar um comentário