apenas um Olhar...

Apenas um olhar. Um olhar nem ser quer intenso, daquele tipo penetrante. Foi rápido, mas tão rápido, que ela nem sabia ao certo se ele realmente a olhou. Mas isso pouco a importava. Naquele momento ela fez dele o motivo para seus pensamentos. O motivo para sua ansiedade, para que os dias passassem rápidos e ela poder vê-lo novamente por menos de um minuto. E ainda assim sentia um friozinho na barriga gostoso. Perguntava-se o por que de tantos sentimentos. Nem o nome dele ela sabia, muito menos a idade, onde morava e o principal..Será que já tinha compromisso? Será que já estava enamorado por outro ser do sexo feminino? Sonhava com ele. Criava situações ilusórias de encontros, de beijos, de chamegos. Seja dormindo ou mesma acordada. Estava completamente envolvida por uma pessoa desconhecida e isso era um motivo para que ela se envolvesse cada vez mais. O mistério a fascinava. O fato de pouco saber dele atiçava sua curiosidade e seu desejo. Até que um dia acordou, arrumou-se rápido e caprichosamente para enfim vê-lo novamente (por menos de um minuto). Saiu a pressas. Passou em frente a mesma casa que a deixava com um frio na barriga. Ninguém. Nenhum sinal. Ele não estava lá saindo de casa como todos os dias. Seu coração apertou. Sentiu-se sufocada por seus sentimentos. As lágrimas que teimavam em querer sair de seus olhos. Ele não estava ali. Por que? O que houve? – perguntava-se. Dias após dias ela acordava com a esperança de passar em frente a mesma casa e ver aquela pessoa desconhecida que tanto a fascinava. Não mais o encontrou. Não mais. Arrependeu-se de não ter trocado duas palavras com ele, de querer saber seu nome. Arrependeu-se em não ter feito nada para que ele pudesse notá-la. O arrependimento não o traria de volta. Pensou em todas coisas possíveis de ter acontecido. Ele ter mudado de casa, ido viajar, ter casado e ir morar em outro país. Pensou até em ter inventado esta pessoa desconhecida. Inventado alguém tão misterioso... Esta última opção, de alguma forma estranha, a confortava mais. - Sika.



Os dias passam rápido demais. Aproveite-os...