Me perdoe, mas esse post não é para você.
Me pergunto sempre, todas as vezes. Sempre. Sempre. Qual o problema? Eu? Apenas eu? Por quê? Que maldita coisa que eu fiz para ser assim? Pedi demais? Exigi demais? Sufoquei? Quem se sufocou no próprio sufoco foi eu. Cansei. Mas não cansei hoje, ontem, anteontem. Cansei desde lá meus 16? 17? 18 anos? Por ai? Cansei. Sufoquei. Perdi as contas de quantas vezes fui dormir com várias perguntas na cabeça que se resumia muitas vezes a uma palavra: Por que comigo? Por onde tenho andado para sempre errar os passos? Salgar a comida, exagerar na dose. O que mais esperar se de tanto esperar já me cansei. Sufoquei. Sufoquei com todas as palavras que eu não disse. Com todas as palavras que não foram ditas nos momentos certos. Sufoquei. Minhas reações não saem como esperado. Não queria demostrar. Demostrava. Por quê? Se sempre arriscava no jogo. Dava partida. Queimei a largada, tropecei nos próprios pés. Ou joguei o jogo com as mesmas cartas. Persisti nas mesmas cartas que eu sabia.... Sabia que não era o jogo vencedor. Mas, por quê? Como saber? Como esperar por respostas se nem ao menos as perguntas foram formuladas? Cansei. Sufoquei. Sufoquei na dança. No compasso desacelerado. Sabia que o passo não era para acompanhar o meu. Por que insisti? Esperei. Dei chances que não foram aproveitadas por mim. Nem por você, por ele ou aquele.Cansei. Sufoquei. Cansei do meu jeito sufocante de me sufocar. De prender o choro. De me privar. De dizer não, que não dá, que não é pra mim, que se eu fosse de outra forma e blá blá blá. Que forma? Não temos forma. Vou me reinventar? Não. Cansei de não raciocinar em momentos que exigiam muito de mim. Cansei de tanto pensar. Ou de falar tudo de uma só vez. De falar impulsivamente, de falar esperando uma resposta. De falar e me arrepender de ter falado e depois achar que está tudo normal. Tudo bem. Tudo normal. Não, querida, não está. Você sofre por dentro. Você guarda esse sentimento. Você sorri. Esse sorriso traduz o que realmente passa? Não? Cansei. Sufoquei. De ter nó na garganta. De ter um aperto no peito. De sentir uma tristeza repentina como se o mundo fosse acabar amanhã e eu não pude dizer tudo o que queria dizer. Mas disse. Não importa. Não fez diferença. Nunca faz. Às vezes você não tem controle dos seus passos. Você não tem controle do tempo. Você não tem controle dos seus sentimentos. Nem os de outro alguém.
Ao som de.... It's time.